Uma das alterações propostas e aprovadas na reforma do Código Florestal em 2011 é a redução pela metade da largura mínima das Áreas de preservação Permanente (APPs), que passaria de 30 para 15 metros, em cada margem dos rios. Se isso ocorrer, 30% das espécies de aves nessas áreas podem desaparecer.
A dissertação de mestrado de Carlos Gallardo, denominada “O valor de corredores florestais para a conservação de aves em paisagens fragmentadas”, avaliou como a quantidade e os tipos de espécies de aves que ocorrem em faixas de vegetação nativa em áreas agrícolas do Planalto Atlântico de São Paulo são influenciadas pela largura das APPs.
Os resultados do trabalho mostram que corredores florestais no Planalto Paulista, com mais de 100 metros de largura, abrigam um conjunto de aves semelhante ao de áreas de floresta. Já corredores com menos de 60 metros de largura abrigam reduzido número de espécies, em sua maioria espécies comuns, generalistas e de ampla distribuição no continente.
A redução pela metade na largura mínima das APPs acarretaria perda de aproximadamente 30% de espécies de aves, das quais seriam as mais exigentes e restritas às manchas de Mata Atlântica e que são incapazes de habitar faixas de vegetação estreitas. Assim, em relação às aves dependentes da Mata Atlântica, a largura das APPs ao longo dos rios deveria ser aumentada pelo menos até 100 metros.
Fonte : AMDA
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