terça-feira, 10 de janeiro de 2012

São Silvestre fechará o ano com ecologia


O ano novo está chegando e com ele traz diversos eventos que marcam o dia da virada. Um deles, um dos mais tradicionais do Brasil, é a maratona de São Silvestre, que ocorre em São Paulo, no dia 31 de dezembro. Além do incentivo à prática esportiva ter tudo a ver com a melhora do bem estar das pessoas e do mundo, o evento ainda terá outro fator ecologicamente positivo: compensará toda emissão de carbono.

Hoje a tecnologia já permite calcular a quantidade, em toneladas, de gases do efeito estufa que é lançada na atmosfera em um evento, por exemplo. Assim, serão calculadas desde a emissão por parte dos corredores até carros da organização e movimentação do público. Depois, será plantada uma quantidade de árvores na região amazônica suficiente para neutralizar essa emissão.

Claro que o ideal seria que todos eventos do mundo fizessem isso, mas visto que há poucos anos atrás mal se ouvia falar em “neutralização de carbono”, já podemos considerar um grande progresso. Aliás, a projeção nacional, e até mundial, que essa atitude terá pode até influenciar outros eventos!

Fonte : Fugiro Ecotêxtil

Redução das margens dos rios pode extinguir 30% de espécies de aves

Uma das alterações propostas e aprovadas na reforma do Código Florestal em 2011 é a redução  pela metade da largura mínima das Áreas de preservação Permanente (APPs), que passaria de 30 para 15 metros, em cada margem dos rios. Se isso ocorrer, 30% das espécies de aves nessas áreas podem desaparecer.

A dissertação de mestrado de Carlos Gallardo, denominada “O valor de corredores florestais para a conservação de aves em paisagens fragmentadas”, avaliou como a quantidade e os tipos de espécies de aves que ocorrem em faixas de vegetação nativa em áreas agrícolas do Planalto Atlântico de São Paulo são influenciadas pela largura das APPs.

Os resultados do trabalho mostram que corredores florestais no Planalto Paulista, com mais de 100 metros de largura, abrigam um conjunto de aves semelhante ao de áreas de floresta. Já corredores com menos de 60 metros de largura abrigam reduzido número de espécies, em sua maioria espécies comuns, generalistas e de ampla distribuição no continente.

A redução pela metade na largura mínima das APPs acarretaria perda de aproximadamente 30% de espécies de aves, das quais seriam as mais exigentes e restritas às manchas de Mata Atlântica e que são incapazes de habitar faixas de vegetação estreitas. Assim, em relação às aves dependentes da Mata Atlântica, a largura das APPs ao longo dos rios deveria ser aumentada pelo menos até 100 metros.

Fonte : AMDA